terça-feira, 24 de maio de 2011

Movimento Ar Puro nas Jornadas Ibéricas em defesa do Tejo e dos seus afluentes

In Região de Rio Maior, 21/05/2011:

«A situação do rio que dá nome ao concelho de Rio Maior foi um dos temas abordados nas V Jornadas Ibéricas «Por Um Tejo Vivo - em defesa do Tejo e dos seus afluentes», que decorreram em Azambuja, a 14 e 15 deste mês.
Este evento contou com a participação de várias dezenas de organizações ecologistas de Espanha e Portugal, entre as quais o riomaiorense Movimento Cívico «Ar Puro», que se fez representar por uma delegação composta por Conceição Santa Bárbara (foto), António Costa e Annick Robin.
A Conceição Santa Bárbara coube ser oradora num painel sobre «O Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo: Situação do Tejo e seus afluentes em Portugal».
Afirmou que “o rio Maior é hoje um rio morto, devido às descargas dos efluentes das suiniculturas e da indústria agro-alimentar”. Pelo que defendeu a necessidade de “unir esforços, envolvendo as diversas organizações ambientais dos concelhos atravessados por este rio” (Rio Maior, Cartaxo, Santarém e Azambuja), “bem como as respetivas autarquias, no sentido da sua requalificação”.»
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terça-feira, 17 de maio de 2011

Jornadas Ibéricas - Por um Tejo Vivo


As V Jornadas Ibéricas "Por Um Tejo/Tajo Vivo: Em Defesa do Tejo/Tajo e Seus Afluentes" que se realizaram dias 14 e 15 de Maio do corrente ano, na Vila de Azambuja, organizadas pela Rede de Cidadania para uma Nova Cultura do Tejo/Tajo e seus afluentes e o proTEJO - Movimento pelo Tejo.

O Movimento Cívico Ar Puro participou nestas Jornadas com uma intervenção sobre o estado actual do rio Maior, comprometendo-se a envidar todos os esforços para envolver os diferentes actores (Associações ambientalistas, Autarquias e Administração Central), dos concelhos atravessados pelo rio, na sua recuperação e revitalização.



 
Ficaram antecipadamente marcadas por um acto simbólico, levado a cabo pelas organizações vindas das várias regiões de Espanha, foram despejando água limpa da cabeceira do tejo, tanto nas povoações ribeirinhas, durante o percurso (Aranjuez, Toledo, Talavera de la Reina e Valdecanas), até ao local onde as mesmas se realizaram (Azambuja). 

Nestas jornadas ficaram patentes as malfeitorias levadas a cabo pelas mais variadas entidades, públicas e privadas, em particular pelos grandes grupos económico-financeiros, com a benevolência de todos os poderes públicos que devem ter como tarefa garantir os direitos comuns, produzir e fazer cumprir legislação e regulamentação adequada para os vários sectores económicos, em ambos os países, faltando uma estratégia de desenvolvimento integrado, que potencie os recursos naturais como garantia de um equilíbrio territorial, do progresso e da justiça económico-social.

Ficou assumido por todas as organizações, participantes, dos dois países a exigência que o Tejo e todos os seus afluentes sejam encarados como uma unidade e que os governos de ambos os países, assim como os governos autonómicos e as autarquias tudo façam para que os planos de gestão da bacia do Tejo/Tajo, tanto em Portugal como em Espanha, sejam publicados este ano e colocados à discussão e participação públicas.

 Recuperem a vida no Tejo e em todos os seus afluentes, regulando de forma adequada as questões essenciais, tais como o regime de caudais ambientais assim como os objectivos do estado ecológico das águas e a biodiversidae de modo a potenciar as condições naturais para o desenvolvimento integrado tanto das populações ribeirinhas como das regiões envolvidas. Potenciando a agricultura biológica, a indústria agro-alimentar, através do aproveitamento integral da água e a sua reutilização, as pescas, o turismo e as demais actividades económicas relacionadas com o rio.

Também ficou assumido o compromisso de continuar o trabalho com o objectivo de fortalecer as organizações ambientalistas, de molde a empenhar as populações, para que assim sejam criadas as condições necessárias, para a recuperação do Tejo e seus afluentes.  





quinta-feira, 12 de maio de 2011

Suinicultura Valinho - Vale da Rosa

Exploração da Agro-Pecuária Valinho, S.A., em Vale da Rosa, Ribeira de São João.



Segundo um documento da Direcção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAP LVT), a Agro-Pecuária Valinho, está a tentar regularizar esta exploração de modo a poderem ter 5058 suínos de recria/acabamento.

Sobre o consumo de água necessário diariamente para cada suíno, pode-se usar a seguinte tabela:
   Suínos até 55 dias de idade - 3 litros
   Suínos de 56 a 95 dias de idade - 8 litros
   Suínos de 96 a 156 dias de idade - 12 litros
   Suínos de 157 a 230 dias de idade - 20 litros
   Leitoas - 16 litros
   Fêmeas em gestação - 22 litros
   Fêmeas em lactação - 27 litros
   Machos - 20 litros.
Com estes dados, consegue-se ter uma ideia da poluição que alguns milhares de porcos provocam.
Os principais componentes poluentes dos suínos nas águas e solos, são o cobre, o zinco e a amónia. Já em termos de poluentes atmosféricos, são o amoníaco e o metano.

Desde há muito tempo que os habitantes se queixam do mau cheiro e do estado imundo dos canais de água. De notar que esta queixa não é somente dos vizinhos da exploração cujas instalações se encontram a pouco mais de 100 metros de edifícios residênciais. A queixa é de todos os moradores por onde passa o curso de água até este chegar ao rio Maior. Este cheiro sente-se bem no novo parque de merendas de Ribeira de São João.

Já em 1998 a Câmara Municipal de Rio Maior, tinha deliberado por unanimidade o encerramento desta exploração por ‘graves danos ambientais provocados’, como se pode comprovar em:
Mas como estamos em Portugal, nada aconteceu e a exploração continuou a laborar normalmente.

Na semana passada decidimos ir verificar a situação actual da exploração.


Os edifícios apresentam um aspecto degradado, alguns dos quais com o tijolo à mostra.
Os terrenos da exploração não se encontram tratados.

As lagoas não estão impermeabilizadas e as margens não se encontram limpas, podendo potenciar o aparecimento de pragas de roedores e insectos.


Nota-se perfeitamente um escorrimento contínuo de líquidos não tratados das lagoas, contaminando os solos de toda esta região.


A côr dos escorrimentos, não deixam qualquer dúvida sobre a sua origem.


O site da Valinho encontra-se em:
Neste local da internet não vai de certeza encontrar estas imagens, mas sim a imagem de pessoas saudáveis e sorridentes, como:




Gostaria de deixar claro que o que nos move não é o encerramento das pecuárias, pois enquanto houver pessoas que comam carne de porco terá que haver criação de porcos.
O que queremos é que esta criação de porcos se faça de forma digna para o animal, não ponha em risco o ambiente ou a qualidade de vida a que as populações têm direito e não comprometa de forma irreversível o nosso legado para as gerações futuras.

Já a água é um recurso essencial a toda a vida no planeta e para o Homem constitui também um bem essencial em termos económicos, industriais e sociais.
Até há relativamente pouco tempo, por ignorância, este recurso foi encarado como sendo inesgotável e auto-depurador, o que levou a que tenha sido descurado de uma forma muito perigosa.
Finalmente o Homem tomou consciência que a água potável é um bem cada vez mais escasso. É então importante actuar em todos os sectores (agrícola, industrial, doméstico, serviços, …) na redução do consumo de água, no aumento da eficiência do seu uso e na reutilização da água. Não podemos esquecer é de parar enquanto há tempo de poluir e investir nos cursos de água com o intuito de os descontaminar e revitalizar.

sábado, 7 de maio de 2011

Jornadas Ibéricas 'Por um Tejo Vivo'

V Jornadas Ibéricas ‘Por um Tejo Vivo’


O Movimento Cívico "Ar Puro" vai participar nas V Jornadas Ibéricas "POR UM TEJO VIVO" - Em Defesa do Tejo e seus Afluentes, realizadas pelo Movimento proTEJO, dias 14 e 15 de Maio de 2011, em Azambuja.

Estas jornadas vão-se realizar pela primeira vez em Portugal, participam "representantes de mais de cem organizações de cidadãos e ecologistas de Espanha e Portugal, reunidas na Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água no Tejo/Tajo."
É uma realização importante para o Tejo e seus afluentes, por essa razão não podíamos ficar indiferentes, antes pelo contrário, estando empenhados em contribuir para a defesa e recuperação do nosso rio, consideramos imperativo cooperar e aprender com os saberes, as experiências e os estudos já realizados, por todas estas organizações.
"Em Junho de 2011 serão publicados os Planos de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo, em Portugal e em Espanha, que contêm as orientações de gestão e utilização da bacia do Tejo até 2015."
É imperioso que os cidadãos se empenhem na procura de soluções e exijam que sejam garantidos os caudais ambientais assim como, Planos de Gestão e Utilização da Água do Tejo e dos seus afluentes que permitam a sua recuperação e dos seus territórios.